sexta-feira, 17 de março de 2017

PT alia-se à sociedade civil contra a Reforma da Previdência e contra retirada de direitos

A luta contra as reformas previdenciária e trabalhista, incluindo todos os outros retrocessos do governo Michel Temer, deve reunir milhares de pessoas nas ruas e praças de todo o País no próximo dia 15 de março (quarta-feira). A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo - que agregam partidos políticos, como o PT, além de movimentos sociais e centrais sindicais - estão promovendo dezenas de atos em várias cidades do Brasil.

A proposta de reforma da Previdência desagrada parlamentares da oposição e os movimentos sociais e sindicatos porque, na prática, significa o fim da aposentadoria. Segundo eles, poucos brasileiros conseguirão cumprir as novas regras para a aposentadoria, que incluem a idade mínima de 65 anos tanto para homens quantos para as mulheres e o aumento do tempo de contribuição de 15 para 25 anos. Na periferia das grandes cidades, e em muitos municípios, a expectativa de vida não passa dos 60 anos.

Como parte dessa grande mobilização para derrotar a reforma da Previdência, a Bancada do PT na Câmara realizou na última quinta-feira (9) o Encontro de Parlamentares do PT contra o Desmonte da Previdência. O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), defendeu no encontro que a mobilização atinja o eleitorado dos parlamentares que apoia o governo Temer.

“Temos que descentralizar a mobilização, fazer nos estados e municípios, ao contrário de um grande ato em Brasília. Temos que ir para os bairros das cidades e para o interior, porque é lá que está a base eleitoral da maioria dos deputados federais que apoiam o governo. Não se enganem, estamos enfrentando uma máquina de guerra do outro lado. O governo está fazendo pesquisa e percebendo a dificuldade. Eles vão aumentar a propaganda na TV e no rádio e pressionar os deputados para aprovar a reforma”, alertou.




Durante o “Encontro de Parlamentares do PT contra o Desmonte da Previdência”, vários especialistas condenaram a proposta de reforma deste governo ilegítimo. Segundo eles, a reforma deve dificultar a aposentadoria de milhões de brasileiros, especialmente das trabalhadoras e trabalhadores rurais e dos professores do ensino fundamental, categoria formada essencialmente por mulheres.

Durante o evento também foi aprovado um modelo de moção de repúdio à reforma da Previdência, para ser apresentado nas Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas para que vereadores e deputados estaduais possam apoiar a luta contra o desmonte da Previdência.

Reação - As manifestações do dia 15 de março terão como tema: “Se você não lutar, sua aposentadoria vai acabar”! Neste dia, diversos sindicatos também realizam assembleias e atos das categorias. A maior mobilização prevista será a dos professores e trabalhadores da educação, que, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), deve contar com a participação de milhões de trabalhadores em todo o Brasil.

Comissão da Reforma - A Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 287) realiza durante esta semana o seminário internacional que contará com a presença de vários especialistas. Eles vão apresentar as experiências de outros países no setor. O evento acontece no auditório Nereu Ramos, nesta terça-feira (14), a partir das 14h.

Na próxima quarta-feira (15), a comissão realiza audiência pública para debater os “Parâmetros de Projeção do Orçamento da Previdência”. Plenário 1, a partir das 14h.

A última reunião do colegiado na semana está marcada para quinta-feira (16) e deve debater o “Fortalecimento da Arrecadação para a Seguridade Social”. A audiência está marcada para às 9h30, na quinta-feira (16), no plenário 2.


Héber Carvalho com informação da Frente Brasil Popular
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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